O parque eólico

Descrição do projeto

Europe’s first floating offshore wind farm

O WindFloat Atlantic é o primeiro parque eólico marítimo flutuante na Europa Continental, que se localiza na costa de Viana do Castelo, em Portugal. Desde fevereiro de 2020, o WindFloat Atlantic tem fornecido a rede elétrica Portuguesa com energia limpa inovadora. Em operação em 2020, este parque eólico marítimo usa tecnologia de ponta, o que permitiu a instalação de plataformas flutuantes em profundidades do mar anteriormente inacessíveis, onde os abundantes recursos eólicos podem ser aproveitados.

131 GWh,
produção cumulativa total

Energia gerada

Depois de vários anos de trabalho, o projeto ficou plenamente operacional a julho de 2020.  No final do mês de maio de 2022, o WindFloat Atlantic registou uma produção cumulativa total de 131 GWh, alcançando assim os números planeados.

Contexto do Projeto e Histórico da Construção

20112016

Fase de testes do protótipo

Testado na costa da Aguçadoura (zona do Porto – Portugal), numa versão protótipo denominada WindFloat1, que antecedeu o projeto WindFloat Atlantic. Desde a sua implementação em 2011 e ao longo de 5 anos, o WindFloat1, com uma turbina de 2MW, apesar das condições climatéricas extremas – ondas de 17 metros de altura e ventos de 60 nós – manteve uma boa capacidade de produção. 

20152018

Licenciamento

As licenças obtidas incluem a licença ambiental recebida a novembro de 2015, a concessão marítima de 30 anos para a área do projeto WFA, o cabo de transferência da REN também em novembro de 2015, e a autorização de permissão emitida pela DGEG (Direção-Geral de Energia e Geologia) a março de 2018.

2018

Financiamento

A WindPlus fechou um acordo com o Banco Europeu de Investimento (BEI) de um empréstimo de 60 milhões de euros em outubro de 2018.

O BEI concordou financiar o projeto WFA através de uma instalação especial denominada por InnovFin Energy Demo Projects, que se destina a desenvolver projetos “pioneiros” e que foi desenvolvida em conjunto com a Comissão Europeia.

O projeto também recebeu financiamento do Programa NER300 da Comissão Europeia, um mecanismo para o financiamento de projetos de demonstração comercial.

20182020

Fase de construção

A construção do WFA incluiu:

  • Fabrico das plataformas
  • Fabrico das turbinas eólicas
  • Transporte dos componentes das turbinas eólicas para o porto de Ferrol
  • Transporte das plataformas para o Porto de Ferrol e instalação das turbinas eólicas nas plataformas
  • Instalação dos cabo de fundeio no mar
  • Colocação das unidades no local de operação
  • Ligações elétricas entre plataformas e para a rede

2019

Ligado à rede

2020

Entrada em serviço do equipamento e o início da produção de energia

  • 02/2020
    Primeira geração
  • 07/2020
    Completamente operacional

20202045

Fase operacional

O WFA está a ser operado a partir da base de O&M (operação e manutenção) no porto comercial de Viana do Castelo. O projeto foi concebido e certificado para permanecer em operação durante 25 anos.

2045

Descomissionamento previsto

Tecnologia WindFloat®

O parque eólico marítimo consiste em 3 turbinas eólicas, suportadas por 3 estruturas flutuantes semi-submersíveis, baseadas na tecnologia “WindFloat”, desenvolvida pela Principle Power.

Esta tecnologia tem como base a evolução das plataformas usadas na indústria petrolífera, pela sua aplicação no setor de energia eólica marítima, cuja viabilidade técnica foi demonstrada com o protótipo de grande escala denominado “Wind Float 1”, com uma turbina comercial Vestas V80 (2 MW).

Cada plataforma, de forma triangular, é semis-submersível e está ancorada ao leito marinho. Consiste em 3 colunas verticais, interligadas/solidárias uma com a outra, e uma destas está anexada à base da torre da turbina eólica. A distância lateral da plataforma (entre o centro das colunas) é de cerca de 50m. A sua estabilidade é reforçada por um sistema de portões com água na base das três colunas, associada com um sistema de lastro estático e dinâmico. Este sistema de lastro ativo movimenta a água entre as colunas, para compensar as pressões causadas pelo impulso do vento na turbina eólica. Este lastro móvel compensa diferenças significantes na velocidade do vento e na sua direção. A sua função é manter a torre da turbina eólica vertical para otimizar o seu desempenho.

Supply chain development

The offshore wind power plant consists of 3 wind turbines, supported by 3 semi-submersible floating structures based on the “WindFloat” technology, developed by Principle Power.

Biblioteca de Documentos

Perguntas Frequentes

Da mesma forma que é gerada num parque eólico terrestre. O vento é usado para gerar eletricidade, utilizando energia cinética produzida pelo ar em movimento. Este é convertido em eletricidade, com o uso de turbinas eólicas ou sistemas de conversão de energia eólica. O vento bate primeiro nas lâminas da turbina, fazendo-as rodar, e provocando rotação à turbina ligada às mesmas. Isto converte a energia cinética em energia rotacional, movimentando o eixo ligado ao gerador, gerando assim eletricidade através do eletromagnetismo.

Fonte: irena.org/wind

A lógica da geração de energia é igual em terra e no mar, através das turbinas eólicas. Os parques eólicos marítimos localizam-se no mar, sejam fixados no fundo do leito marinho ou flutuando ancorados.

No mar, os ventos são fortes, e contínuos. A implementação de parques eólicos no mar, longe da costa e longe de qualquer interferência no vento, significam uma maior capacidade de geração.

Por isso, as soluções eólicas marítimas incorporam a capacidade de atender às exigências elevadas na eletricidade e serão também fundamentais na geração de energia limpa necessária para a produção de hidrogénio que respeita a natureza.

É por isso que os parques eólicos marítimos offshore são vistos como a chave para a transição energética, em direção a uma economia livre de carbono.

Nas áreas onde as profundezas do mar não permitem projetos fixados ao leito marinho, e para reduzir impactos ambientais e visuais, há provas que a tecnologia eólica flutuante está pronta para operar à escala comercial, graças a projetos como o WFA. A localização de turbinas no mar não afeta a paisagem ou a qualidade de vida das comunidades locais.

Cada flutuador está equipado com três âncoras para não derivar pelo oceano. No WFA, cada âncora estava fixada numa área com uma profundidade do mar de aproximadamente 95 metros, colocando-a no leito marinho (arenoso) e puxando/deslocando graças ao uso de um Navio de Manuseamento de Âncoras, que faz a âncora enterrar-se no local planeado.

Cada plataforma, de forma triangular, é semissubmersível e está ancorada ao leito marinho. Consiste em 3 colunas verticais, interligadas/solidárias uma com a outra, e uma destas está anexada à base da torre da turbina eólica. A distância lateral da plataforma (entre o centro das colunas) é de cerca de 50m. A sua estabilidade é reforçada por um sistema de portões com água na base das três colunas, associada com um sistema de lastro estático e dinâmico. Este sistema de lastro ativo movimenta a água entre as colunas, para compensar as pressões causadas pelo impulso do vento na turbina eólica. Este lastro móvel compensa diferenças significantes na velocidade do vento e na sua direção. A sua função é manter a torre da turbina eólica vertical para otimizar o seu desempenho.

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